Em resposta a uns quantos comemtários que me chegaram por MP, a criticar o meu post anterior... Não sou hipócrita. Quem me conhece sabe que não falo por falar. Por isso: Sim, repito, reforço e reafirmo: Ensinar Cursos de Educação e Formação (os famosos CEF) não é para todos. - é a minha opinião amigos, vale o que vale, mas honestamente, acho que quem disser o contrário… nunca entrou numa sala CEF em dia de chuva, sem ar-condicionado, com dois ou três alunos dos dezessete inscritos na turma, que se sentam no fundo da sala, com o telemovel em mão e olham com ar de: - que é que quer!? quando tentas começar a dar matéria. São alunos que, na sua maioria, não gostam da escola dita "normal" – demasiado teórica, demasiado certinha, demasiado… longe da realidade deles. Muitos vêm de contextos difíceis, carregam nos ombros muito mais do que mochilas pesadas. Vêm com feridas que não se veem e reações que não conseguem (ou não querem) controlar. E nós, professores, estamos ali.....
A escola onde efetivei é uma escola profissional. Tem, além desse ensino,cursos CEF. Nunca tinha tido experência com qualquer deste tipo de ensino e, igual a mim mesma, achei que enquanto professora, seria uma mais valia a experiencia, nem que fosse por um ano! "Se não me adaptar posso sempre tentar a mobilidade para uma escola de ensino recular". O embate maior e a preocupação inicial foi: Isto vai ser a minha pr imeira vez com turmas CEF. Confesso: fiquei apreensiva. Sabia que era um público diferente, com histórias difíceis às costas, com resistências, com cansaço da escola — e tantas vezes com pouca esperança em si mesmos. E eu? Ia conseguir chegar até eles? Ia conseguir fazer a diferença? Ouve-se tanta coisa... Decidi ir sem bagagem nem expectativas e ver onde o vento me levava. O primeiro impacto foi um choque de realidades . O que funciona nas turmas regulares… aqui nem sempre cola. Há outra linguagem, outro ritmo, outro foco. Muitas vezes, o desafio é só conseg...