Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de março, 2020

Quarentena- dia 18

Vou partilhar... hoje, ao jantar, senti -me a mãe mais miserável do mundo. Depois de todo dia em Teletrabalho. Em avaliações, em reuniões v irtuais, a precisar concentração - eu e o pai- pedir falem baixo, não venham para aqui agora, já vos pedi que não façam barulho e outras do mesmo tipo. È muito bom poder estar em casa, e te-los sob a asa. Mas è tão ingrato para eles. Têm muito menos apoio e atenção que em alturas normais... Enfim, então, dizia eu, estávamos a jantar, todos juntos à  mesa e diz o Henrique:  - o corona vírus é mt bom!!!!   Tudo a olhar para ele: Não Henrique. É mau, muito perigoso...  e ele, dá um sorriso maravilhoso dos dele:  - não! É muito bom! Porque podemos estar todo o dia com vocês! 😔  meus ricos meninos.

momento fofo da semana

O Ozzy fez 2 aninhos! Parabens à minha bola de pelo cor de laranja que fez 2 aninhos no dia 22 de Março.

Quarentena #Dia5

Ontem, fui à rua pela primeira vez desde que ficámos em casa. Aparentemente tudo normal. Alguns carros na estrada,nada por demais. A diferença, senti-a quando entrei num minimercado e em cada dez pessoas, nove estavam de máscaras e luvas. Embora tivesse um kit na bolsa, não era minha intenção usar. Ouve-se nas notícias o aviso de que são ineficazes se não estiveres infetado e não queres ser totó. Dei por mim a sobressaltar-me conforme tocava as prateleiras para pegar nos artigos. Olhei de lado para a alça do cesto onde tinha as compras. Quase sub repticiamente, tirei as luvas cirugicas e coloquei-as. Precisei dirigir-me a um funcionário. Fi-lo com uma distância segura, como se o seu hálito fosse laser. Dou comigo a olhar a máscara que lhe tapa a boca e apercebo-me que o deixa desconfortável eu ter os lábios e nariz descobertos. Passo a ser eu o elemento incomodativo. Coloco a máscara, assim que me vejo a sós no corredor. Continuo as compras, entre a sensação de segurança e o p

O mesmo filme, um novo capítulo

Estou em casa. O filme continua a ser escrito, em modo reality show improvisado, com cada um de nós como personagem. Não sei bem qual o meu papel. Estou em casa. Com a família. Primeiro fecharam as escolas.  Não todas, algumas, onde tinham surgido casos. Depois vieram os debates na tv, a forte opinião pública.  Lá fora, pela Europa, a maior parte das escolas estão fechadas. As pessoas estão em casa… aqui demora. Finalmente, meio a medo, começam a encerrar-se escolas e colégios, por decisão própria das direções, por precaução. Mesmo sem casos confirmados. Já se sabe que o contágio é intenso e dramático. Já se sabe que as crianças sempre apanham o vírus. Que não são muito afetadas, mas afetam fortemente todos em seu redor. Os idosos são os mais suscetíveis. A pressão social obriga a uma posição do Estado. As escolas encerram todas. Por uma quinzena. Para já. As aulas presenciais estão suspensas. Até à interrupção da Páscoa. Estou em casa, desde sexta feira, dia 13.

Quando a realidade assusta mais que a fição - Covid 19

Passou quase um mês desde que aqui estive. Tanto tem acontecido nestes últimos meses, que tenho debatido o dilema  deambular o asunto. Na verdade, tenho convivido o dilema de saber como viver o assunto. Têm sido dias de incerteza, de dúvida, e de medo. Sobretudo medo. Esta Pandemia do Corona Vírus traz-nos a uma situação inédita. Toda uma experiência social inédita. O sonho de poder ficar em casa sem ter que pôr um pé na rua, revela-se um pesadelo quando vira real. Esta é uma realidade retirada da ficção. As séries televisivas, os filmes apocalípticos de um flagelo para a Humanidade, os Ensaios Sobre a Cegueira e as Pandemias Hollywoodescas convergiram num guião muito mais assustador, imprevisível porque não se escreveu ainda o fim. Um vírus, surgido a milhares de km, afeta uma pessoa… e em três meses, espalhou-se, deu a volta ao mundo, e reduz a nada todo seu diâmetro. Aquilo que era em dezembro um caso raro e estranho, de um vírus mortal que estava a dizimar uma localid