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A mostrar mensagens de janeiro, 2021

O confinamento - parte 2

Confinar ou não, eis a questão. Olhando as “regras” deste confinamento 2.0, conclui-se que,  Para quem desde o início de 2020 faz os possíveis para ficar confinado e limitar os contactos para evitar propagação do vírus, pouco muda. Para quem até agora andou por aí a meter-se em risco a si e aos outros, pouco vai mudar. As pessoas têm de encaixar que pararmos ou desacelerarmos a propagação deste vírus não está nas regras do governo, nas coimas ou restrições, mas na consciência, na ética e  responsabilidade pessoal de cada um. Do meu lado, continuarei a fazer o mesmo que faço desde o início de 2020, enquanto aguardo, com fé, que a vacinação chegue a mim e aos meus e possa finalmente sentir que estamos mais próximos de ultrapassar esta pandemia.

Entre costuras e pensamentos

Foi a minha avó quem me ensinou a coser... Não que se tenha descoberto uma costureira em mim... mas aprendi com ela as bases. Alinhavar, chulear, cerzir. Ensinou-me a fazer o ponto invisível, o ponto cruzado, o caseado... Dava-me pedaços de pano e restos de linha e eu ficava ao lado dela a praticar, com ar solene de quem está numa tarefa importante. Olhava as suas mãos pequeninas, de dedos ágeis, a remendar a roupa de trabalho do avô, a coser botões nas camisas, a casear pontas de meias...  Ralhava comigo quando eu atalhava caminho e punha uma linha enorme na agulha: Isso è trabalho à Maria Badalhoca! Faz as coisas com preceito! A linha grande vai enrolar e a costura não fica nada de jeito! Aprendi com ela a colocar botões... “ Isso são pontarelos! Se dobras a manga vê-se esse ninho de linha!”  E eu, queria agradar! Queria aprender! E aprendi. Gostava tanto desses momentos nossos! Sempre que tenho que  coser botões nos bibes dos pequenos - e è algo que acontece semanalmente- corto a li