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Mensagens

A mostrar mensagens de janeiro, 2020

Lógicas imbatíveis

-Mãe, sabias que no Brasil há bonecos que mexem sozinhos, à noite? -uhmm, não, Henrique. Isso não existe. São efeitos especiais que as pessoas fazem...  - oh mãe, eu vi! - sim, mas são montagens... os seres não vivos não se mexem sozinhos. - olha tu também nem sabes tudo! Há coisas que mexem sim senhor! Olha ali o cortinado! Está vento por isso mexe! E é ser não vivo!  Inspira... expira... inspira... expira...

Esta pequena promete...

- Mãe! Mas tu queres que o meu cabelo se estrague? - pergunta a minion enquanto foge do secador com que tento secar-lhe os cabelos. Volta com o spray de proteção térmica - Não disseste que isto era para o cabelo não estragar com o secador? Mãe tontinha!!! Pois... é isso, filhota... é a mãe que é tonta, não és tu que estás demasiado avançada... 😂

Anna com E- a última série-em-série que devorei

Se há coisa que aprecio nos novos streamers de séries e filmes, è ter à disposição seasons completas para poder ver em modo maratona. Anna com E foi a minha última descoberta, há duas semanas... Baseada no livro Anne de Green Gables, por L. M. Montgomery, esta série transportou-me à minha infância,  aos desenhos animados da Ana dos cabelos Ruivos e mais tarde a série dos anos 80, Ana do portão verde . A versão da Netflix está adorável. Uma série para “ver a comer pipocas” de uma simplicidade e um nível de emotividade maravilhosos. Além da trama principal em torno da órfã adotada por Mathew e Marilla, são abordados temas da época como a discriminação social, de género, de raça. Os diálogos e as cenas abordam com alguma leveza as situações vividas no início de século e deixam o espectador em modo reflexivo para questões sérias e que tiveram um impacto enorme na sociedade norte americana. Especialmente a season 3, onde se explora a questão da falta de direitos das mulheres e os

Avós com açúcar

Não há palavras que exprimam o que o coração sente. Apenas palavras que imitam o sentimento... Não inventaram ainda uma cor que ilustre  o brilho da alegria ou o  cheiro que perpetue a doce presença de quem amamos... Mas encontro-te. E retenho com toda a força, a tua presença.  No cheiro da roupa lavada, acabada de engomar... nos refogados pungentes que enchem o olfato. - o segredo é o cravinho, mas pouco senão é venenoso...  Sinto-te em cada vaso florido, frondoso, regado. -se falares com as plantas elas crescem mais viçosas... Vejo-te em mil memórias de infância. E penso nas tuas mãos... tenho pensado tanto nas tuas mãos...  Gosto tanto delas. Coisas banais... em que não se pensa nunca, mas quando pensamos se tornam eco persistente... As tuas mãos pequeninas e delicadas que me aconchegaram tantas vezes em criança... mãos que adoro sentir entre as minhas, sempre macias, sempre quentes. Eu sou um Ser de pensar, de lembrar, de tirar prazer nas coisas boas vividas.

Maggie e o eterno feminino

Hoje a M. pediu para trocar os brinquinhos.  Fui buscar a caixa onde estão as suas estrelinhas, corações, unicórnios e coisas mimentas.  -Não mãe. Eu quero uns brincos de pérola! Senti uma pontada de embevecimento. Sou eu quem usa pérolas. Na maioria dos dias, na maior parte dos acessórios.  - Ela "vê-me"... Ela quer ser como a mamã. - penso enquanto me dirijo às minhas coisas. Sentamo-nos as duas em cima da cama, e delicio-me enquanto a vejo deslumbrada com as dezenas de brincos, colares, fios, pendentes, aneis e ganchos que vai retirando cerimoniosamente dos compartimentos.  Delicio-me com os seus comentários sobre o que mais gosta e o que quer usar quando crescer.  Chegamos à gavetinha dos brincos de pérola e vejo o seu ar fascinado de menina que achou um tesouro. Devemos ter estado ali uns 20 minutos. A namorar bijuteria... E dou comigo a pensar: Então é isto ser mãe de menina...  Escolhidos os brincos arrumámos tudo, não sem antes ela escolher os que de

Coisas que mexem comigo

Há alturas em que pensas e repensas e pões tudo em perspetiva. Sou professora por vocação. Não porque não arranjei trabalho na área que queria, mas porque depois de anos em áreas menos cansativas, desgastantes, e mais bem remuneradas, dei comigo a repensar se era aquilo o que queria fazer o resto da minha vida ativa. E não era.Voltei para a minha área e não há um dia em que não saiba que a escolha foi a correta. Apesar do cansaço, da sensação de estar sempre atrasada, apesar das inúmeras horas a corrigir trabalhos, a pensar atividades, a fazer fichas. Não me arrependo, apesar horas de trabalho administrativo, com os relatórios, com os Rtp's, com tantos registos que divergem daquilo que devia ser o foco da profissão. Mas, se sou professora por vocação, sou mãe pela mesma razão. E custa-me muito, quando os mais novos estão doentes, não poder ficar em casa com eles como ficava com o mais velho. É que do mais velho eu estava num escritório. E as pilhas de contratos e serviços po

This is Us - Das melhores series que tenho visto

Há series que nos cativam desde o início. Esta é uma delas. Dizer que a série é sobre uma família americana é demasiado redutor. Sim, os epísódios giram em torno de uma família, e as suas ramificações. Do presente, ao passado, e daí para um passado intermédio, mais que a história dos Pearson, This Is Us é sobre consequências, as causas e efeitos das nossas ações e como um momento aparentemente inocente pode causar impacto no resto da nossa vida. A série manipula as emoções do espetador com a mesma meticulosidade que uma comédia cria humor ou um filme de terror nos leva ao clímax nos momentos mais dramáticos. A história continua, ao fim de 4 épocas, emocionante e comovente ao mesmo tempo. A escrita e as histórias continuam a ser excecionais. O enredo é minuciosamente ponderado, nem linear nem amplamente explorado - permitindo que o telespectador venha a conhecer bem cada um dos personagens e seus pontos de vista. Se gostam do estilo dramático, aqui encontram uma série cheia de del

E assim terminou mais um ano.

Em 2019: - Apanhei um susto com a minha avó. - Ganhei, em projetos eTwinng, 4 selos nacionais de qualidade. - Fui galardoada com um selo Europeu, de Qualidade eTwinning. - Celebrei 23 anos de namoro. - Passeei, de Norte a Sul, com a família. - Recuperei relações esmorecidas. -  Assisti a concertos especiais. - Recomeçei a escrever. -  Fui madrinha. -  Terminei o mestrado. - Voltei a ler. Acima de tudo, repensando os 12 meses, fui feliz! Venha o novo ano que tenho muitos planos para ele!