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Avós com açúcar

Não há palavras que exprimam o que o coração sente. Apenas palavras que imitam o sentimento...
Não inventaram ainda uma cor que ilustre 
o brilho da alegria ou o cheiro que perpetue
a doce presença de quem amamos...

Mas encontro-te. E retenho com toda a força, a tua presença. 
No cheiro da roupa lavada, acabada de engomar... nos refogados pungentes que enchem o olfato. - o segredo é o cravinho, mas pouco senão é venenoso... 
Sinto-te em cada vaso florido, frondoso, regado. -se falares com as plantas elas crescem mais viçosas...
Vejo-te em mil memórias de infância.
E penso nas tuas mãos... tenho pensado tanto nas tuas mãos... 
Gosto tanto delas. Coisas banais... em que não se pensa nunca, mas quando pensamos se tornam eco persistente... As tuas mãos pequeninas e delicadas que me aconchegaram tantas vezes em criança... mãos que adoro sentir entre as minhas, sempre macias, sempre quentes.
Eu sou um Ser de pensar, de lembrar, de tirar prazer nas coisas boas vividas.  Mas não quero. Não gosto de pensar no que foi, no que vivi contigo. Não quero congelar memórias passadas! Antes criar novas, recentes, futuras... 
Se eu não pensasse nunca... e pudesse apenas viver o presente...Não penso! Não penso mais no que foi! Antes vivamos o hoje. Sintamos o hoje a cada novo dia. E que haja tantos hoje para celebrar que não sinta nunca a necessidade de os reter no tempo...

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