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Eu, pluviófila, me assumo.

A-D-O-R-O! Das galochas de borracha, aos chapéus de chuva enormes. Das gabardines ao cabelo encharcado. 
A ponta dos dedos gelada de segurar o chapéu, ou, esperem, a elegância das luvas de pele a segurar o chapéu. 
ADORO chuva. Não é de hoje, não é de ontem. 
Talvez seja mimalhisse de infância, dos tempos em que chegava a casa,encharcada ao vir da escola , e tinha a minha mãe à espera, de toalha turca em punho,  pronta a secar cada gota de água e a esfregar-me de tal modo o corpo para o aquecer que me deixava a pele a doer.
Ou talvez fosse das muitas vezes que a ouvi contar o horror que sentiu ao viver as cheias de 67.  O pavor de ver colchões a descer a rua que mais parecia um rio, o pânico de ver o pai tirar baldes de água de dentro de casa, o temor ao ver estradas de lama descer a encosta da serra e galgar pelas casas. Talvez a dor que via estampada nos olhos da minha mãe, ao falar de coisas que não compreendia, me fizessem querer minorar o drama e mostrar-lhe que o passado já lá vai e que é possivel amar a chuva. Talvez ame a chuva por ter poupado a minha mãe e os meus avós no meio de tanta desgraça que trouxe naqueles dias de 67. 
Talvez fosse isso, ou talvez não tenha nada a ver. 
A verdade, é que não sei quando começou este namoro. 
Mas continuo apaixonada. 
Impossível não sentir ganas de me "equipar" e ir passear para a rua quando ouço os primeiros pingos 
Nota mental: verificar se as galochas dos minions ainda servem! :P

Comentários

Assunção disse…
Agora deste-me saudades do meu blog... Vou-te responder lá! ;)

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