Há uma semana lembrei-me que se aproximava o dia da espiga. Não sou crente, não sou supersticiosa. Se tenho uma religião é o amor aos meus. E foi pela minha avó que me lembrei do dia. Pensei com mágoa, com uma raiva não direcionada, mas mal contida, que este ano não ia comprar ramo nenhum! Que se lixassem esses rituais pagãos que não têm qualquer sentido ou razão lógica. Espigas em número ímpar para representar o pão e a fertilidade. Papoilas rubras a simbolizar o amor. O malmequer “prata e ouro” para as riquezas terrenas. A oliveira, desejo de paz. O alecrim, para a força. A videira, a alegria. (E haverão tantas variantes quantas as regiões de Portugal, mas esta é a versão que sigo) No dia de hoje, a minha avó ligar-me-ia. – Hoje é dia de espiga. Eu até gostava de ter um raminho…, mas se calhar já não se veem … E eu diria, como sempre: - Se eu encontrar levo-te um . E levava. Todos os anos. Às vezes apanhado por mim daqui e dali até ter o ramo feito, outras v...
~*~ Mais que uma mãe, mais que mulher, mais que esposa, mais que filha, mais que professora. Aqui, sou mais de Mim. Rakiel D'O. ~*~ Estou a partilhar contigo aventuras do meu dia a dia. Vou gostar se comentares depois de me leres!