Avançar para o conteúdo principal

Telepatias

Todos já tivémos sensações de deja vu.
O sentir já  ter vivido aquela cena num outro momento. De vez em quando tenho esses flashes. 
        Mas, mais que essa sensação de estar a reviver um momento, acho delicioso o número de vezes em que penso em alguém e esse alguém me liga, ou me aparece à frente. 
         Acontece imenso com a minha mãe, com a minha irmã, com os meus avós... e aí já nem estranho. Somos tão próximos que a probabilidade de estar a pensar neles quando me ligam è grande. 
          Ontem aconteceu, e fiquei calada, porque no momento ia soar a falso, quase a clichet eu dizer "ainda ontem sonhei contigo!"

         Depois de um fim de semana em passeio pelo  norte, a revisitar locais da minha meninice, a reviver memórias boas da adolescência, sonhei com uma amiga com quem partilhei muitas histórias e aventuras de verão. Aquelas amizades que prometemos ser para sempre, mesmo que a vida nos separe por largos milhares de kilometros.
         Não falava coma B. há mais de 4 anos. Acho que a última vez que a vi foi um verão, de fugida, na caixa de um supermercado, eu com um barrigão enorme, quase a ter a Maggie, com um Kike em modo soprano porque não lhe comprei qualquer coisa que pediu, e um adolescente cheio de pressa para ir para uma festa de anos. Ela, com o memso sorriso doce, duas filhas adolescente ao lado. Falámos, beijámo-nos, prometemos combinar qualquer coisa enquanto ela estivesse cá de férias. Ficaram as promessas no ar. É amanhã, é depois, e o tempo passa.
          Domingo, no cansaço da viagem, deitei-me e fui sonhar com ela. Nem sei bem que sonhei... Retalhos. Nós duas às 6h00 da manhã a "correr", sentadas no monte a ver o sol nascer; nós duas no meu quarto, a remexer roupas enquanto falávamos das paixonetas de cada uma... 
         Ontem, quarta feira, ligam-me de um número que não identifico. Atendo, isto quem tem filhos tem cadilhos e nunca se sabe se é da escola de um deles, e ouço a voz dela: - Sónia? 

Palavra de honra que senti um sobressalto. Como explicar que tinha sonhado com ela dois dias antes,, sem soar a clichet? Como encaixar, eu mesma, a ideia de ter pensado nela e me estar a ligar?! Não disse nada. Fiquei feliz. Estarreci novamente quando ela, depois dos como-estás-como-estão os miudos- que novidades tens, me diz: oh pá isto soa a conversa à toa, mas sabes que sonhei contigo à dias e ando desde então para te ligar! - Se alguém souvber explicar que me explique p.f.

Gosto de pensar que os pensamentos têm peso. Que as emoções, as energias podem fluir e tocar quem queremos. Gosto de acreditar em pequenos milagres.
E por agora, escolho acreditar que é desta que vamos marcar qualquer coisa.

Comentários

Assunção disse…
Há coisas que não se explicam, mas o certo é que acontecem...
Eu não acredito em bruxas, mas que as há, há! ;)

Mensagens populares deste blogue

Guns n’Roses- alguns anos depois

Não são os G N’ R de há trinta anos… a voz do Axel claramente não atinge o mesmo alcance do passado, mas ainda faz o show! O sorriso sacana, o gingar de anca e o movimento do micro… e corre o palco (durante 3 horas!!! 3 horas minha gente)! foi muito bom vê-los de novo! Duff, mr cool, cool as usual. E do Slash… eh pá… mantenho a mesma visão que tinha quando comecei a ouvir e amar a banda… o Slash é a alma!  Os solos! Aqueles dedos fazem milagres ao tocar uma guitarra. Um Senhor! Um grande senhor! O som teve issues que eram escusados… but still… foi bom voltar à selva!!!

A madrinha é dos dois!

- Quando é que vamos a casa da madrinha? - pergunta a Guida. - Não é tua, é minha!- responde o mais velho  - oh pá, é dos dois! - diz ela. - Pois é! Mas é minha madrinha há mais tempo! - pica o mano Ela fica calada e eu penso orgulhosa que o irmão a deixou a refletir. Mas só estava a pensar na resposta certa: - Exato! Mas eu sou mais nova! Vou viver mais tempo que tu!  🤣 estes dois.

Saudades

  A palavra saudade só ganha sentido quando não podemos fazer nada para a mitigar. Faz hoje um ano que o telefone tocou com a notícia mais dolorosa que já recebi. Tenho saudades das conversas que já não podemos ter. Saudades de não receber as tuas chamadas nem poder ligar-te todos os dias, para falar de nada. Saudades do toque das tuas mãos, sempre quentes. Saudades de criar mais momentos contigo e ainda assim, ter a certeza convicta que continuas diariamente comigo.