Isabel Allende é daquelas autoras que leio com um prazer acérrimo.
A escrita fluida, sentida, que nos faz imergir na ação como personagens silenciosas é de uma mestria que me fascina.
Adoro como, sem nunca abordar de modo explícito a guerra, esta está sempre presente. Conseguimos perceber a influência, as marcas que lhe deixou.
O amante japonês é daqueles livros que tinha em queue há meses. Entre o isto e o aquilo o que fica sempre prejudicado são as minhas atividades pessoais, e a leitura, infelizmente, tem sido muito relegada para segundo plano.
Estas mini férias, dos dois livros que levei na mala, consegui ler um, o que foi uma conquista.
Confesso que quando começo a ler, me é muito dificil largar o livro... As idas "à casa de banho" duplicam, "fico cansada e vou deitar-me" mais cedo, ofereço-me para ir "adormecer" os minions... enfim, qualquer desculpa é boa para ler mais umas linhas.
Este romance é um pouco diferente dos outros que li da autora.
Em modo de resumo: a história começa em 1939, quando Alma Belasco é enviada para casa dos tios, em São Francisco. Aí, esta conhece Ichimei Fukuda, o filho do jardineiro japonês da casa. Entre os dois surge um romance, mas os jovens amantes são forçados a separar-se quando, na sequência do ataque a Pearl Harbor, Ichimei e a família são declarados inimigos e enviados para campos de concentração. Alma e Ichimei voltarão a encontrar-se, mas o seu amor permanece condenado aos olhos do mundo. Décadas mais tarde, Alma prepara-se para se despedir de uma vida emocionante. Instala-se na Lark House, um excêntrico lar de idosos, onde conhece Irina Bazili, uma jovem funcionária com um passado igualmente turbulento. Irina torna-se amiga do neto de Alma, Seth, e juntos irão descobrir a verdade sobre aquela paixão que durou quase setenta anos.
A autora traz-nos conceitos sociais da Segunda Guerra Mundial, cria um enredo à volta da mudança social que dai adveio e partindo de factos reais, molda o enredo.
Esta mistura entre realidade e ficção agradou-me e prendeu-me por ser uma época que, embora passada acaba por ser muito presente, ainda. De um ponto de vista crítico, as personagens são o grande trunfo do livro, mas tocou-me particularmente as várias descrições de uma sociedade que experienciou a Segunda Guerra Mundial de modo distante e próximo ao mesmo tempo.
O nascer de preconceitos, as mentalidades alteradas e pelo meio, histórias de amor que tentam sobreviver numa das épocas mais negras da Humanidade.
No fundo, temos o clichet de "uma história de amor que enfrenta obstáculos impossíveis de vencer".
Tem que ser lido com o crivo da época e as mentalidades inerentes. No entanto, cada leitor irá tirar as suas conclusões, quem sabe, diferentes da minha.
Numa análise crua, e na minha opinião muito pessoal, este não é de todo o melhor livro de Allende.
A escrita da autora continua a ter uma beleza unica e a riqueza das personagens são a grande mais valia na história. É difícil não criar uma ligação com os personagens. Ainda que haja livros melhores da autora, para quem é fã e para quem goste deste género de literatura, continua a ser uma boa aposta.
A escrita fluida, sentida, que nos faz imergir na ação como personagens silenciosas é de uma mestria que me fascina.
Adoro como, sem nunca abordar de modo explícito a guerra, esta está sempre presente. Conseguimos perceber a influência, as marcas que lhe deixou.
O amante japonês é daqueles livros que tinha em queue há meses. Entre o isto e o aquilo o que fica sempre prejudicado são as minhas atividades pessoais, e a leitura, infelizmente, tem sido muito relegada para segundo plano.
Estas mini férias, dos dois livros que levei na mala, consegui ler um, o que foi uma conquista.
Confesso que quando começo a ler, me é muito dificil largar o livro... As idas "à casa de banho" duplicam, "fico cansada e vou deitar-me" mais cedo, ofereço-me para ir "adormecer" os minions... enfim, qualquer desculpa é boa para ler mais umas linhas.
Este romance é um pouco diferente dos outros que li da autora.
Em modo de resumo: a história começa em 1939, quando Alma Belasco é enviada para casa dos tios, em São Francisco. Aí, esta conhece Ichimei Fukuda, o filho do jardineiro japonês da casa. Entre os dois surge um romance, mas os jovens amantes são forçados a separar-se quando, na sequência do ataque a Pearl Harbor, Ichimei e a família são declarados inimigos e enviados para campos de concentração. Alma e Ichimei voltarão a encontrar-se, mas o seu amor permanece condenado aos olhos do mundo. Décadas mais tarde, Alma prepara-se para se despedir de uma vida emocionante. Instala-se na Lark House, um excêntrico lar de idosos, onde conhece Irina Bazili, uma jovem funcionária com um passado igualmente turbulento. Irina torna-se amiga do neto de Alma, Seth, e juntos irão descobrir a verdade sobre aquela paixão que durou quase setenta anos.
A autora traz-nos conceitos sociais da Segunda Guerra Mundial, cria um enredo à volta da mudança social que dai adveio e partindo de factos reais, molda o enredo.
Esta mistura entre realidade e ficção agradou-me e prendeu-me por ser uma época que, embora passada acaba por ser muito presente, ainda. De um ponto de vista crítico, as personagens são o grande trunfo do livro, mas tocou-me particularmente as várias descrições de uma sociedade que experienciou a Segunda Guerra Mundial de modo distante e próximo ao mesmo tempo.
O nascer de preconceitos, as mentalidades alteradas e pelo meio, histórias de amor que tentam sobreviver numa das épocas mais negras da Humanidade.
No fundo, temos o clichet de "uma história de amor que enfrenta obstáculos impossíveis de vencer".
Tem que ser lido com o crivo da época e as mentalidades inerentes. No entanto, cada leitor irá tirar as suas conclusões, quem sabe, diferentes da minha.
Numa análise crua, e na minha opinião muito pessoal, este não é de todo o melhor livro de Allende.
A escrita da autora continua a ter uma beleza unica e a riqueza das personagens são a grande mais valia na história. É difícil não criar uma ligação com os personagens. Ainda que haja livros melhores da autora, para quem é fã e para quem goste deste género de literatura, continua a ser uma boa aposta.
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