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Mensagens

A mostrar mensagens de dezembro, 2019

Publiquemos fotos de gatos

Publiquei uma foto de uma criança a ajudar um idoso na rua, tive meia dúzia de reações. Escrevi um artigo sobre a importância da leitura na idade precoce, nem sei se foi lido. Postei uma foto do Ozzy num grupo de gatos: tenho cento e tal likes e outros tantos comentários.  Os gatos vão governar o mundo.  Num tom um pouco mais sério, e embora em curta escala, não deixa de ser exemplificativo da nossa sociedade. O visual predomina. Se implica ler, pensar, tomar um ponto de vista, as pessoas optam por se abster. Não se comprometem. Escolher implicar assumir uma posição. Tomar uma posição, defender um ponto de vista, pode ferir suscetibilidades, pode gerar discussão... mais vale ficar quieto que isto não è comigo. Somos todos salvadores e fundamentalistas atrás de um ecrã de telemóvel ou computador. Ai criticamos situações e partilhamos com o peito inchado de orgulho pela ajuda que estamos a dar, sem fazer nada sequer...  Partilho a foto de um gato... lindo, por sinal, mas...

Sónia e os fenómenos “para-anormais”

No silêncio da noite, as crianças todas a dormir, o gato fechado na cozinha, apenas eu estou acordada. E do nada, a boneca da mais nova, que está na caminha do Nenuco, junto à janela, sem ninguém lhe mexer, começa a palrar. Num filme de terror seria momento para correr e ficar em pânico. Se ninguém lhe mexeu porque raio se ligou? Ora, por aqui, primeiro espera-se. Aquela lenga lenga normalmente só dura 10 segundos... ok, calou-se. Pego novamente no livro que tinha pousado. Passados minutos recomeça... raios partam. Vou ter que me levantar? Espero... À terceira vez que fala, lá me levanto e vou ao quarto antes que a Maggie acorde com o xinfrim. Pego na boneca por uma perna e levo-a dali para ver se a calo. Sorrio mentalmente, ao imaginar um filme em que a cabeça da boneca gira e ela me agarra com as suas mãozinhas de borracha com cheiro a baunilha. Mas não. Só palra. Lá dou com o botão que tem nas costas e desligo a baby-alive... Atiro-a para cima da cadeira do meu quarto, enquanto volt...

Manhãs de domingo

- Já que te acordam com as galinhas, mais vale aproveitar e adiantar trabalho. - Pensamento inocente de quem tem filhos.  Em poucos minutos há folhas, cadernos, lápis e canetas à miha volta, na mesa.  Um quer fazer atividades, outra quer que eu lhe passe trabalhos...  - Ide brincar, criaturas de Deus! -é o que grito mentalmente enquanto tento forçar um sorriso e correspondo ao que pedem, adiando para sei lá quando, as coisas que tenho MESMO que ter feitas até ao final do dia de hoje. Eles não têm culpa que tenhas tarefas e obrigações. É fim de semana e precisam da tua atenção... A teoria está toda aqui... mas há alturas em que tenho que usar toda a pedagogia e auto controle para manter a calma e aceitar que não posso fazer as coisas quando e como quero...Inspira, expira... Bora lá, parece que agora é hora de ir fazer bolachinhas...

9 de dezembro- o dia que se queria único e se tornou uma mega festa

Uma das minhas “preocupações” durante a gravidez era o dia do teu nascimento. A data prevista era 17/12 e, como já te contei N vezes, eu não queria porque se aproximava demasiado do Natal e temia que qualquer contrariedade nos fizesse ficar aquele primeiro Natal, na maternidade... Mas também não queria que nascesses no dia 5/12. Era o aniversário do pai.  Tu tinhas que ter  um dia “só teu”.  Passado o dia 5, a minha preocupação era ultrapassar o dia 8, aniversário da tia L. Ainda nos pregaste um susto quando rebentaram as águas, mas a verdade è que nasceste às 3:47 da manhã de dia 9. Objetivo cumprido... Até o telemóvel ligar de manhã com a tia MJ a dar os parabéns: - Parabéns! Que lindo! Nasceu no mesmo dia que eu... Bato mentalmente com a palma na testa. Nem me lembrei que a irmã do meu pai fazia anos nesse dia. Encolhi os ombros. Não importa nada! Ela è adulta, nem estamos assim tão perto, não há interferências! O dia è dele!!! Ah ah ah... pobre inocência a minha. Quis...

Uma torta de laranja e o dia em que tudo mudou

Amanhã fazes anos . Tu, o meu Grande. o meu filhote primeiro. 15 anos. Ser mãe foi sempre um desejo, um objetivo. Nunca equacionei não ter fillhos. Estava, desde as primeiras brincadeiras com nenucos e papinhas, preparada para receber nos braços um pequeno ser, saído de mim, e que segundo ouvia dizer: "ia mudar a vida como eu a conhecia". Tu, trouxeste tudo isso e muito mais. Desde o momento em que soube que ia ser mãe e, ingénua, corri a contar ao mundo a notícia. Nunca pús a hipótese de algo pudesse não correr bem. Sonhava contigo há anos! Tinhas apenas 6 semanas de gestação, meu amor, quando soube que me tinhas escolhido para mãe. Foste amado desde o "positivo" no teste. Por mim, pelo papá, pelos avós, pelos tios. Vá... já sabes que tive ali uns segundos de "a sério?!" quando me disseram que eras um rapaz. O papá deu um salto no banco e soltou um " YES!", mas eu, nas minhas certezas estava segura que o meu primeriro filho ia ser menina......