Ou quando começaremos a ser humanitários dentro de nossa casa?
Não me interpretem mal. Acho horrível o que estão a passar milhares de pessoas cujo desespero os leva às ações que temos seguido na TV. Para quem sempre teve teto e paz, não é fácil entender o verdadeiro drama, mas consegue ter-se uma ideia. E lógico que a imagem da criança síria que deu à costa sem vida, amplamente usada para ilustrar o flagelo da questão, fere, choca, deixa-nos a pensar em todos os que morreram também, maiores e menores que aquele, e não tiveram direito a capa de jornal...
Mas por muito que tente entender esse flagelo, não posso aceitar que tenhamos nós próprios centenas de desalojados e pessoas em situação de miséria pelo país fora sem que o estado intervenha e nesta situação externa já haja casas da igreja e desmobilização de valores mensais para apoiar os refugiados... Se calhar os nossos também precisam de arranjar um barco de borracha, atracar no terreiro do paço e pedir estatuto de refugiado... Talvez consigam teto e apoio no valor de 1500€ mensais...
O humanitarismo é preciso e é bonito, mas começa-se em casa... Digo eu... Mas eu não sei nada...
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